25 de set. de 2011

A Simples Matematica dos Complexos Relacionamentos

Estive pensando sobre relacionamentos..
Todos querem encontrar sua cara metade, o outro que ira nos completar.. 1+1=1 (Ou seria 1/2 + 1/2 = 1??)


Mas por outro lado, ha uma infinidade de "especialistas" que afirmam que so' quando somos completos por nos mesmos, é que podemos verdadeiramente amar o outro..
No entanto, quando somos completos, não temos a outra metade, ela ja nos pertence.. Como fica então o relacionamento com o outro?
Sera que ha espaço para ele? Sera que anulamos parte nossa para que parte dele possa existir? Ou sera que acontece uma nova reação (desconhecida pela grande maioria) na qual 1+1=2 ?
Duas unidades somadas, resultando em apenas 1 unidade... E qual seria o valor ontologico dessa unidade resultante?? Simplesmente a soma dos dois primeiros, ou uma entidade completamente nova e diferente?


Afora a matematica, que serviu apenas como uma ilustração (ou mesmo como uma confusão..), ainda me pergunto o que deve valer mais a pena..
Fato é, que relacionamentos não são eternos. E portanto, ao terminar um é bom que permaneçamos completos... Fica mais facil seguir adiante e encontrar um proximo amor...
Mas se somos completos sozinhos, porque ir atras do outro?
Das duas uma: ou nunca seremos completos sozinhos, ou nunca seremos "um" com o outro.


E seguindo esse raciocinio entro em um ciclo vicioso...


Enfim... Sem chegar a nenhuma conclusão, exponho minha opinião:


Admiro aqueles que não ligam de ser a metade de outra pessoa, e vão incessantemente buscando outras metades ao longo da vida para se sentirem completos.
Admiro ainda mais aqueles que são completos por si so'. Mas não entendo o que acontece numa relação de dois completos.. Ainda não entendi..


Talvez nunca entenda. Nenhum dos dois. Ou nenhum dos meios.







23 de set. de 2011

Afinal, o que é a "Felicidade"? 


Ninguém tem uma resposta padrão para essa pergunta. O que temos é uma noção pessoal daquilo que sentimos quando determinadas situações acontecem dentro ou fora de nos. 


O que é importante perceber, é se sua felicidade depende exclusivamente de você, de seus sentimentos e suas reações aos outros, ao mundo. Ou se depende exclusivamente dos outros, de como reagem ou de como o mundo "te trata". 


O grande filosofo Spinoza defende que somos plenamente capazes de apenas nos afetarmos positivamente com os outros e com nos mesmos. Ou seja, apesar de todas as desavenças que podem nos ocorrer, somos capazes de escolher como somos afetados. 
Podemos escolher nos afetar positivamente com tudo o que aconteça, seja bom ou ruim. O que importa não são os fatos ocorrentes, mas como os enxergamos. 


No entanto, para isso é necessario se conhecer. Se conhecer a fundo, como funciona seu interior, quais são seus medos e esperanças, o porquê de nossas reações serem como são. Feito isso, somos capazes de transformar nossos afetos em algo positivo para nossa essência. Sempre. 


Esse é um dos maiores ensinamentos que absorvi deste grande homem. Me apropriei de sua ética. De seu modo de ver a vida. 
E o resultado é: enxergamos que nem todos querem de verdade nosso bem, a maioria das pessoas é egoista e não se da conta (diz que quer seu melhor, mas so' apoia enquanto não os afeta, por exemplo). 
Se optamos por nos afetar bem sempre, enxergamos os desejos mais internos das pessoas, e as perdoamos por isso. E melhor ainda: não nos afetamos mal com suas ações impensadas, reativas.


A cada novo dia me deparo com todo tipo de pessoa e, garanto, que fico feliz com quem de fato me quer bem, e aceito, mas não absorvo aqueles que não se conhecem, que não me conhecem (mas acham que sim), aqueles que so' pensam em si. 


E sigo feliz. 
Sem precisar conceituar nada. 

11 de set. de 2011

Devaneios

Estamos tão (mal) acostumados com a facilidade de obter o que queremos, que quando temos que nos esforçar um pouco mais para conseguir, achamos ruim?


Passei por um tempo de dedicação exclusiva (e digo exclusiva mesmo!) ao meu trabalho. A algo que faço com extremo prazer e paciência. Mas considero este tempo passado muito ruim, estressante, cansativo. Mas ao mesmo tempo bom, proveitoso, e frutifero.


Como pode a mesma coisa ser considerada como Boa e Ruim ao mesmo tempo? Não deveriamos escolher apenas uma das qualidades acima? Ou não?


O que nos leva a sermos tão ambiguos? Sera que ainda me encontro indecisa quanto ao tempo passado? Ou estarei tão habituada a não precisar me esforçar em nenhuma situação (vide a internet, e o google) para conseguir o que quero - que considero "ruim" esse esforço direcionado?


Pensavam os antigos "nossa, esculpir é horrivel, da muito trabalho, mas o resultado é bom"? Ou eles simplesmente aceitavam todo o processo com prazer?
Provavelmente, a segunda opção.


Estamos mal acostumados. Tudo é muito simples nos dias de hoje. Tudo encontra-se, no maximo, a um clique de distância. Tudo é provido por nossos pais.


Acredito que nossa geração sofra de uma grave deficiência: a de ter que lutar, e mais - a de aceitar como essencial essa luta.


Batalhar por nossos objetivos é natural. Sem o esforço, o resultado obtido não é tão valorizado como deveria ser. E então acredito que neste momento, o trabalho perde ainda mais seu valor.


E quando não ha mais valor, como saber o que é mais importante? Como saber o que vale realmente a pena?
Como saber o que possui um falso valor, ou esta erroneamente supervalorizado?


Deixo as perguntas.
Creio que cada um tera sua resposta particular. Ou não.