17 de out. de 2011

Kim Ki Duk

Gostaria de compartilhar a minha paixão pelo diretor sul coreano Kim Ki Duk.
Infelizmente, seus filmes não são muito divulgados aqui no ocidente, ao menos no Brasil é dificil encontrar referências e filmes..


Digo infelizmente, pois Kim Ki Duk é um diretor extraordinario. Faltam palavras e adjetivos para dar uma idéia do poder de sua obra. 


Extremamente simbolico e subjetivo, Kim Ki Duk trata em seus filmes de temas profundos acerca da natureza do homem, tais como o amor, os ciclos da vida, a amizade, a morte. No entanto, apesar de serem temas extremamentes complexos e indefiniveis, esse maravilhoso diretor traz a tona todos os nossos sentimentos e nos abala com uma força inimaginavel.


Sutil e com poucos dialogos, o diretor representa fielmente o dito popular: "uma imagem vale mais do que mil palavras." Seus filmes encontram-se imersos em um ambiente simbolico, emocional e repleto de cenas que dão muito o que pensar..


Não tratarei de nenhum especificamente. Apenas gostaria de dar uma chance a todos de conhecer seus explêndidos trabalhos. Vale demais a pena. 


Bom proveito. 


Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera de Novo


Breath

3- Iron




Filmografia





16 de out. de 2011

Meia- Noite em Paris

O mais novo filme de Woody Allen (2011) relata a historia de um jovem casal que vai a Paris pouco tempo antes de seu casamento. 
O noivo (Owen Wilson) é um escritor que encontra dificuldades em seu novo livro, e acredita que Paris é a cidade perfeita para ter ideias e inspirações. 


A historia gira em torno da sensação de nostalgia que contagia Gil (Owen Wilson). Ele acredita que "nasceu tarde demais", na época errada. Seu sonho é viver na Paris da década de 20.
Enquanto passeia pela cidade à noite, apos as badaladas da meia noite soarem, ele entra em um novo mundo.. 
Volta à década de 20, onde encontra seus grandes idolos como Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, Picasso entre outros. 


Um maravilhoso retorno a uma época que muitos consideram a mais bela, e a mais produtiva. 
Dotado de uma fotografia explêndida e uma trilha sonora repleta de Ella Fitzgerald, Woody Allen nos traz uma deliciosa volta ao passado, uma nostalgia de fato.


No entanto, sua grande e genial sacada é que, não importa a época em que vivemos, sempre achamos que as anteriores foram melhores, mais ricas, mais ingênuas. E essa questão, tão contemporânea é tratada com uma sutileza e inteligência tão grandes que so' confirmam a minha paixão pelo diretor..


Deixo a dica para o fim de semana. Impossivel não assistir e não se apaixonar.



13 de out. de 2011

Assim falou Zaratustra

"Você deseja, meu irmão, adentrar a solidão? Você deseja procurar o caminho para si mesmo? Contenha-se ainda um pouco e me escute.
'Quem procura a si mesmo facilmente se perde. Toda solidão tem culpa' : assim fala o rebanho. E você longamente deu ouvidos ao rebanho. 
A voz do rebanho ainda vai ecoar fundo em você. E quando você disser: 'Ja' não tenho a mesma consciência que vocês!' ha' de ser em tom de queixa e de magoa.


Veja, essa magoa ainda tem origem naquela mesma consciência; ee o ultimo fulgor daquela consciência ainda arte e te atribula.
Porém,  você deseja atravessar o caminho da tua tribulação, que é o caminho para si mesmo? Então mostre-me seu direito e sua força para tanto!
Sera' que você é uma nova força e um novo direito? Uma arrancada inicial? Uma roda que roda por si? Você pode comandar estrelas a rodarem à sua volta? 


(...)


Solitario, atravessas o caminho daquele que ama: amas a ti proprio e, por isso, desprezas-te, tal como so' aquele que ama sabe desprezar.


Criar, é o que deseja aquele que ama, porque despreza! Que é que sabe do amor aquele que nunca precisou desprezar justamente o que amava?


Com teu amor va' para tua solidão e também com teu criar, meu irmão; e so' tarde chegara' a hora da justiça alcançar-te.


Com minhas lagrimas, va' para a tua solidão, meu irmão. Eu amo aquele que acima e para além de si mesmo quer criar, e assim enfrenta as profundezas.


Assim falou Zaratustra."