Uma
das películas
mais bonitas que assisti nos ultimos tempos.
Através
de um roteiro simples, o longa conta a história
de um monastério localizado em um territorio árabe
que entra em guerra.
A
guerra, em si, não é explorada; mas serve de base para a dissecação
de uma guerra ainda mais comum que a religiosa: a do homem consigo mesmo.
Disputas
internas, embates do ego com o espírito,
da fé com a razão, abalos na suposta crença tomada como verdade
divina, personalidade humana versus dedicação exclusiva ao outro.
Todas
essas questões são expostas durante o filme, através das atitudes
e pensamentos dos monges, que devem escolher entre permanecer na
província
em guerra ou voltar a seu país
de origem.
Vale
atentar para os diálogos, que são profundos e repletos de sabedoria. Ensinamentos para a vida. Inclusive há grandes citações, indo de Pasqual a Thomas Merton. Da Filosofia à Religião.
Com
a direção de Xavier Beauvois, Dos Homens e dos Deuses
recebeu 17 nominações e 7 prêmios, dentre eles, o Grande Prémio
do Festival de Cannes em 2010.
Oi. :)
ResponderExcluirRealmente um filme belíssimo. A fotografia é maravilhosa e os movimentos sutis das câmeras acompanhando os personagens também são excelentes.
Creio que num certo momento os monges se dão conta que deixar o vilarejo é abandonar a própria fé (e a missão a que se propuseram), por isso decidem ficar. É lógico que, como disseste, que até chegarem a tal decisão passam por momentos de dúvida.
A cena do jantar é belíssima - quase uma última ceia.