15 de jan. de 2012

"Dos Homens e dos Deuses"


Uma das películas mais bonitas que assisti nos ultimos tempos.
Através de um roteiro simples, o longa conta a história de um monastério localizado em um territorio árabe que entra em guerra.

A guerra, em si, não é explorada; mas serve de base para a dissecação de uma guerra ainda mais comum que a religiosa: a do homem consigo mesmo.

Disputas internas, embates do ego com o espírito, da fé com a razão, abalos na suposta crença tomada como verdade divina, personalidade humana versus dedicação exclusiva ao outro.
Todas essas questões são expostas durante o filme, através das atitudes e pensamentos dos monges, que devem escolher entre permanecer na província em guerra ou voltar a seu país de origem.

Vale atentar para os diálogos, que são profundos e repletos de sabedoria. Ensinamentos para a vida. Inclusive há grandes citações, indo de Pasqual a Thomas Merton. Da Filosofia à Religião.

Com a direção de Xavier Beauvois, Dos Homens e dos Deuses recebeu 17 nominações e 7 prêmios, dentre eles, o Grande Prémio do Festival de Cannes em 2010.




Um comentário:

  1. Oi. :)
    Realmente um filme belíssimo. A fotografia é maravilhosa e os movimentos sutis das câmeras acompanhando os personagens também são excelentes.

    Creio que num certo momento os monges se dão conta que deixar o vilarejo é abandonar a própria fé (e a missão a que se propuseram), por isso decidem ficar. É lógico que, como disseste, que até chegarem a tal decisão passam por momentos de dúvida.
    A cena do jantar é belíssima - quase uma última ceia.

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